Você já parou para refletir sobre o impacto que jogos online podem ter na vida de uma pessoa? Por que alcançar um novo nível, ganhar uma partida ou obter um item raro parece tão recompensador – mas, logo depois, surge a necessidade de buscar mais? Essa sensação tem raízes profundas na forma como nosso cérebro funciona e pode levar a consequências muito maiores do que apenas a perda de dinheiro.

Em muitos casos, a história começa com alguém jogando online apenas para relaxar após o trabalho. Com o tempo, essa pessoa a a investir mais horas e, eventualmente, começa a gastar dinheiro em itens virtuais, upgrades e vantagens no jogo. No início, essas pequenas compras parecem inofensivas, mas o que ela não percebe é que está entrando em um ciclo viciante. Cada vitória libera dopamina, o “hormônio do prazer”, incentivando-a a continuar jogando e gastando.

Esse ciclo, conhecido como sistema de recompensa, é o mesmo acionado em outros comportamentos compulsivos, como o uso de redes sociais ou até vícios mais graves. No caso citado acima, a pessoa começa a sacrificar momentos importantes: recusa encontros com amigos, adia tarefas de trabalho e até se afasta de sua família ou de seu parceiro ou parceira. Tudo porque seu foco está no jogo. E então,não está apenas perdendo dinheiro – a a perder conexões reais, tempo e até sua própria identidade.

Os jogos online são projetados para manter o jogador engajado, oferecendo conquistas constantes, mas ageiras. É uma armadilha para a mente: quanto mais você investe, mais difícil se torna parar, porque a sensação de “perder tudo” se torna dolorosa demais. O que acaba levando à crises de ansiedade, insatisfação constante, irritabilidade e até depressão, especialmente quando a realidade começa a parecer menos atraente do que o mundo virtual.

Quebrar o ciclo é preciso

O primeiro o é a consciência. Então o caminho é se perguntar: “Quanto do meu tempo e energia estou dedicando a isso? O que estou deixando de viver para continuar jogando">